segunda-feira, 17 de junho de 2013

Laminário permanente Anatomia Foliar

Relatório da Prática 06

Laminário permanente
 Anatomia Foliar

Relatório apresentado a FASI, curso de Farmácia, 2º período, como forma de avaliação parcial das aulas práticas na disciplina de Farmacobotânica.


Prof. Dr. Guilherme Araújo Lacerda




1. Introdução
A folha é o orgão da planta onde a elaboração dos alimentos orgânicos em presença da luz (fotossintese), se processa com maior intensidade. A folha em sentido amplo da palavra é altamente variável em estrutura e função. As plantas de diferentes ambientes apresentam folhas com estruturas diversas. Uma folha composta possui as seguintes partes: O limbo, peciolo, bainha e estípula. O limbo é a principal sede da fotossíntese, sua ausência é excepcional. Por ter que se adaptar as condições variadas do ambiente onde as plantas se encontram, ele apresenta uma grande diversificação morfológica.
2. Objetivo
ü  Reconhecer os diferentes tipos de estruturas foliares nos espécimes vegetais da coloração do laminário botânico permanente da Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI.
3. Material e Métodos
Materiais:
  • 01 Microscópio óptico;
  • 07 lâminas da caixa do laminário de botânica n.º 29B; 39B; 43B; 12B; 32B; 38B e 46B.
  • 01 microscópio trinocular acoplado a TV.
Realizamos através do microscópio a leitura das seguintes lâminas:
29B- Poaceae – epiderme destacada- estômatos (H) / Zea mays – folha – corte paradérmico
39B – Theaceae – esclerênquima (H/F) / Thea sinensis. – folha- corte transversal;
43B – Pináceas – canais resiníferos (H/F) / Pinus sp– folha – corte transversal;
12B – Poaceae – ausência de parênquima paliçádico (H/E) / Stenotaphrum secundatum- folha– corte transversal.
32B-Araceae – câmaras aerenquimáticas (H) / Zantedeschia sp – folha – corte transversal.
38B – Apocynaceae – criptas estomáticas (H/F)/ Nerium oleander – folha – corte transversal.
46B – Liliaceae – reforços fibrosos e cutícula (H/F)/ Yucca sp – folha – corte transversal.

4. Resultados e Discussão
Em cada lâmina obtemos os seguintes resultados:

29B – Poaceae –Zea mays (Corte paradérmico) - foi possível identificar os estômatos na epiderme de monocotiledônea vistos de frente e ficam em fileiras ao longo da folha. Foto 1; 2 e 3.

Foto 1: lâmina 29B – Poaceae – Zea mays- com aumento na objetiva de 4x.

Foto 2: lâmina 29B – Poaceae – Zea mays- com aumento na objetiva de 10x.

Foto 3: lâmina 29B – Poaceae – Zea mays -com aumento na objetiva de 40x.

39B – Theaceae- Thea sinensis (Corte Transversal) – identificou-se as esclerênquimas, podemos  notar  ,na nervura central, um feixe protegido por uma camada de células de paredes espessas, que envolvem totalmente o feixe. Estas células que são reforçadas por deposição de lignina, constituem as células esclerenquimáticas. Foto 1; 2 e 3.

Foto 1: lâmina 39B- Theaceae – Thea sinensis- com aumento na objetiva de 4x.

Foto 2: lâmina 39B- Theaceae – Thea sinensis- com aumento na objetiva de 10x.

Foto 3: lâmina 39B- Theaceae – Thea sinensis- com aumento na objetiva de 40x.

43B – Pináceas –Pinus sp (Corte Transversal)– Observamos na estrutura da folha Pinus sp a presença de canais resiníferos onde ocorre a produção de resinas. Foto 1; 2 e 3.

Foto 1: lâmina 43B – Pináceas – Pinus sp -com aumento de 4x.

Foto 2: lâmina 43B – Pináceas  – Pinus sp -com aumento de 10x.

Foto 3: lâmina 43B – Pináceas – Pinus sp- com aumento de 40x.

12B – Poaceae-Stenotaphrum secundatum (Corte Transversal)– Ressaltamos, nesta lâmina a ausência de parênquima paliçádico que é característica das folhas monotiledôneas. Foto 1; 2 e 3.

Foto 1:  lâmina 12B - Poaceae – Stenotaphrum secundatum -com aumento de 4x.

Foto 2: lâmina 12B - Poaceae – Stenotaphrum secundatum -com aumento de 10x.

Foto 3: lâmina 12B - Poaceae – Stenotaphrum secundatum -com aumento de 40x.

32B – Araceae –Zantedeschia sp(Corte Transversal) –Observamos na estrutura da folha de Zantedeschia aethiopica 1 grandes camaras  aerenquimáticas formadas por uma ou duas fileiras de células que incluem abundante cloroplastos.Na zona mediana do limbo localizam – se feixes vasculares delicados, que ficam relacionadas com varias camadas. Fotos 1,2 e 3.

Foto 1: Lâmina 32B -Araceae - Zantedeschia sp -com aumento de 4x.

Foto 2: Lâmina 32B -Araceae - Zantedeschia sp -com aumento de 10x.

Foto 3: Lâmina 32B -Araceae - Zantedeschia sp- com aumento de 40x.

38B – Apocynaceae-Nerium oleander (Corte Transversal) – Observamos que esta lâmina apresenta uma característica importante de planta, adaptadas à ambientes caracterizados pelo baixo suprimento de agua. Nas plantas de cerrado e de clima muito quente e seco como no caso da Nerium oleander, aparecem nas folhas diversas cavidades profundas (Criptas Estomáticas),coberta de pelos em suas bordas e cujos fundo alojam – se os estômatos. Fotos 1,2 e 3.

Foto 1 : Lâmina 38B - Apocynaceae - Nerium oleander -com aumento de 4x.

Foto 2 : Lâmina 38B - Apocynaceae - Nerium oleander -com aumento de 10x.

Foto 3 : Lâmina 38B - Apocynaceae - Nerium oleander -com aumento de 40x.

46B – Liliaceae –Yuca sp(Corte Transversal) – Observamos que a estrutura da folha de Yuca é bastante peculiar, diferentes das folhas comuns. Ela é de consistência semi coreacea(dura), com o seu parênquima apresentando conformação especifica. Aparece, no seu todo muitos feixes distribuídos irregularmente. Nos feixes observamos reforços fibrosos em torno do floema e podemos notar também cutículas espessa nas duas epidermes. Fotos 1,2 e 3.

Foto 1 : Lâmina 46B - Liliaceae- Yuca sp -com aumento de 4x.

Foto 2 : Lâmina 46B - Liliaceae- Yuca sp -com aumento de 10x.

Foto 3 : Lâmina 46B - Liliaceae- Yuca sp -com aumento de 40x.


5. Conclusão
                Após analisar o lâminário da Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI concluirmos que é possível reconhecer os diferentes tipos de estruturas foliares nos espécimes vegetais da coleção do lâminário botânico permanente da instituição. Dessa forma foi alcançado satisfatoriamente o propósito da aula.

6. Referências Bibliográficas

BIOTEC LÂMINAS E MATERIAL DIDÁTICO. Manual de microscopia aplicada à biologia. São Paulo:BIOTEC,[200-?],14 p.
VIDAL,W.N,;M.R.R.Botânica:organografia – quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos.4ª ed.;Viçosa:UFV,2003,p 76-95.

4 comentários:

  1. Só para aqueles que não sabiam: A lignina ou lenhina é uma macromolécula tridimensional amorfa encontrada nas plantas terrestres, associada à celulose na parede celular cuja função é de conferir rigidez, impermeabilidade e resistência a ataques microbiológicos e mecânicos aos tecidos vegetais.

    ResponderExcluir
  2. É importante ressaltarmos que o limbo é a principal sede da fotossíntese, sua ausência é excepcional. Por ter que se adaptar as condições variadas do ambiente onde as plantas se encontram, ele apresenta uma grande diversificação morfológica.

    ResponderExcluir
  3. Outro aspecto são que as plantas de diferentes ambientes apresentam folhas com estruturas diversas,uma folha composta possui tais partes:limbo, peciolo, bainha e estípula.

    ResponderExcluir
  4. O estômato é de fundamental importância para os vegetais, pois é responsável por fazer as trocas gasosas e controlar a quantidade de água em seu interior, é localizado com maior abundância na parte abaxial da epiderme da folha, mas também pode ser encontrado no caule de alguns vegetais.

    ResponderExcluir